Menopausa leva mulheres a deixar força de trabalho no Reino Unido

Principal motivo é a falta de suporte por parte de empregadores no que diz respeito à assistência por sintomas

Pesquisa foi realizada com 2 mil entrevistadas entre 45 e 67 anos
Por Olivia Konotey-Ahulu
17 de Janeiro, 2022 | 06:30 PM

Bloomberg — Quase um quinto das trabalhadoras que estão passando pela menopausa estão considerando deixar seus empregos, segundo pesquisa.

O estudo comissionado pelo serviço de creche Koru Kids constatou que a maioria das mulheres não recebe suporte para seus sintomas no trabalho, e cerca de um quarto delas estão descontentes em seus trabalhos por conta disso. Cerca de 18% pensam em demissão, segundo a pesquisa com 2 mil mulheres entre 45 e 67 anos.

“As mulheres nunca devem ser obrigadas a deixar seu local de trabalho por causa de sua biologia”, disse Rachel Carrell, fundadora da Koru Kids. “Precisamos oferecer suporte a mulheres mais velhas com trabalho flexível e saúde para que não deixem o local de trabalho desnecessariamente”.

Os sintomas causados pela menopausa e pela perimenopausa incluem insônia, alterações de humor e ondas de calor. Esses sintomas podem ser tão debilitantes que exercem um impacto maior sobre as carreiras das mulheres que qualquer outra coisa, exceto o parto.

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A tensão também aumenta pressão sobre o mercado de trabalho do Reino Unido, no qual as vagas de emprego não são preenchidas devido à falta de pessoal qualificado, ao aumento dos salários e às preocupações com a inflação.

As mulheres que queriam pedir demissão listaram como os principais motivos a pressão, a incapacidade de trabalhar com flexibilidade e a falta de compreensão da administração.

63% das mulheres pesquisadas que estavam passando pela menopausa disseram que seus empregadores não haviam introduzido nenhuma política para apoiar as mulheres que lidavam com os sintomas. Uma proporção ainda maior das mulheres que tiraram licença por causa de seus sintomas não disse aos empregadores o verdadeiro motivo.

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--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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