Bloomberg Línea — Após a ata da última reunião do banco central americano ontem (5) levar a uma forte onda vendedora nos Estados Unidos - com o Nasdaq acumulando sua maior sequência de perdas em dois dias desde março -, os mercados têm alívio na sessão desta quinta-feira (6). Os investidores apostam que o aperto da política do Federal Reserve mais rápido do que o esperado ainda deixará oportunidades para ganhos de ações.
“Sem dúvida, haverá bolsões de volatilidade em torno das reuniões do Fed ao longo do ano, mas os investidores não devem temer excessivamente o Fed, especialmente quando continuam a haver oportunidades empolgantes nos mercados”, escreveu Madison Faller, estrategista global do JPMorgan. “O crescimento e a inflação irão desacelerar ao longo de 2022, mas, ainda assim, permanecerão acima dos níveis históricos de tendência. Acreditamos que isso exigirá um risco muito menor de uma correção de mercado de material induzida pelo Fed.”
Ainda hoje pela manhã, os pedidos de seguro-desemprego nos EUA ajudaram a impulsionar os mercados. Ainda que tenham apresentado avanço, seguem próximos das mínimas históricas, o que indica que a economia americana mantém a recuperação. Os investidores também já se preparam para a divulgação dos dados de emprego pelo Payroll amanhã (7).
O Ibovespa (IBOV) seguia o clima de alívio no exterior, enquanto o dólar oscilava, em dia de fortalecimento de emergentes.
- Perto das 11h00, o Ibovespa subia 0,6%, a 101.601 pontos
- Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) lideravam os ganhos, em dia positivo para commodities
- O dólar subia 0,16%, a R$ 5,744, enquanto os vencimentos dos juros operavam em caminhos mistos. O DI para janeiro de 2023 caía de 12,045% para 11,990%
- Nos EUA, os futuros do Dow Jones subiam 0,23%, enquanto do S&P 500 rondava a estabilidade e o do Nasdaq caía 0,43%
Contexto
Para completar o cenário doméstico, a produção industrial brasileira caiu em novembro pelo sexto mês consecutivo, levantando preocupações sobre a extensão da recessão na maior economia da América Latina.
A produção caiu 0,2% em relação ao mês anterior, em comparação com a estimativa mediana de um ganho de 0,1% dos economistas em uma pesquisa da Bloomberg. Em um ano, a produção recuou 4,4%, informou a agência nacional de estatísticas na quinta-feira.
-- Com informações de Bloomberg News
