Alibaba inicia ano com queda nas ações com ceticismo de investidor

As ações caíram 3,3% depois de uma forte conversão de ADRs do Alibaba em ações negociadas em Hong Kong na semana passada

Alibaba inicia ano com queda nas ações com ceticismo de investidor
Por Jeanny Yu
03 de Janeiro, 2022 | 09:54 AM

Bloomberg — As ações do Alibaba Group Holding Ltd. tiveram a maior baixa em mais de três semanas em meio a preocupações de que alguns investidores possam estar prestes a reduzir suas participações na empresa conforme ocorre a chamada rotação de carteiras de papéis listados nos EUA por outras listadas em Hong Kong.

As ações caíram 3,3% depois que novos dados mostraram uma forte conversão de ADRs do Alibaba em ações negociadas em Hong Kong na semana passada. As participações do Alibaba registradas no Sistema Central de Compensação e Liquidação de Hong Kong aumentaram em cerca de 724 milhões de ações, de acordo com dados da bolsa de valores divulgados na sexta-feira.

A mudança pode sinalizar que alguns investidores podem reduzir suas apostas em breve na empresa, disse Steven Leung, diretor executivo da UOB Kay Hian Hong Kong Ltd. Conversões anteriores de escala semelhante foram seguidas por períodos de queda no preço das ações, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Em setembro, os detentores de participação no Alibaba converteram ADRs em cerca de 670 milhões de ações de Hong Kong em um dia. As ações caíram quase 13% nos 10 dias de negociação seguintes, de acordo com cálculos da Bloomberg. Também diminuíram os preços depois que cerca de 1,2 bilhão e 2 bilhões de ações foram convertidas, respectivamente, em junho e março do ano passado, mostram os dados.

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As conversões ocorrem no momento em que as empresas chinesas listadas nos EUA enfrentam exigências de divulgação de informações mais rígidas dos reguladores de Washington, que avançam nos esforços para remover do mercado americano empresas que não abrem seus dados ao escrutínio nos EUA.

O Alibaba também está lutando contra um aperto regulatório na China, o que contribuiu para uma queda de 49% no preço das ações no ano passado. A pressão de Pequim no setor de tecnologia, visando áreas que incluem práticas consideradas monopolísticas ou que afetem a segurança de dados, prejudicou a percepção dos investidores nesses segmentos.

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