Bloomberg — O programa da Tailândia que dispensa a quarentena para turistas vacinados de mais de 60 jurisdições é observado de perto depois que o governo registrou dezenas de casos da ômicron importados.
O ministro da Saúde, Anutin Charnvirakul, disse nesta segunda-feira (20) que o ministério pode propor um retorno ao sistema anterior de exigir uma a duas semanas de quarentena para turistas depois que o governo identificou 63 casos da ômicron e mais 20 aguardam resultados. Todos, exceto um, são casos importados.
“Podemos precisar a usar a Sandbox (programa de reabertura do governo) e medidas alternativas de quarentena novamente e cancelar o ‘teste e siga em frente’ por enquanto”, disse Anutin em entrevista na TV. O primeiro-ministro Prayuth Chan-Ocha instruiu o Ministério da Saúde a intensificar a triagem, mas disse que quaisquer medidas para evitar um surto da ômicron não devem afetar as metas de turismo em 2022.
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Uma suspensão ou cancelamento da entrada sem quarentena para viajantes vacinados ameaçaria a recuperação preliminar da Tailândia, que depende do turismo, onde o governo prevê que até 15 milhões de turistas em 2022 podem gerar receitas de até 1,8 trilhão de bahts (US$ 53,8 bilhões). Na semana passada, o Banco Mundial alertou que a reimposição das restrições a viagens poderia levar a uma retração econômica de 0,3% no próximo ano, em vez do crescimento projetado de 3,9%.
Nesta segunda-feira (20), o número de casos de coronavírus no país caiu para o menor nível em seis meses, com a delta ainda como cepa dominante.
“Mesmo se exigirmos testes RT-PCR tanto nas partidas quanto nas chegadas, a nova variante ainda pode entrar”, disse Anutin. “Precisamos usar medidas preventivas. Não podemos deixar a situação continuar assim, caso contrário, a variante pode se espalhar.”
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