Covid: Ômicron ameaça fechar escolas em janeiro na Europa

Governos aceleram as vacinações para tentar evitar mais problemas econômicos em 2022

Crescem os casos em escolas na Europa
Por Suzi Ring e Tim Loh
17 de Dezembro, 2021 | 05:31 PM

Bloomberg — Mais uma vez, pais enfrentam a temida perspectiva de escola fechadas na Europa com a onda de casos de Covid-19 entre jovens e avanço da variante ômicron.

Governos aceleram as vacinações para tentar evitar mais problemas econômicos em 2022. No entanto, com o aumento mais rápido de casos entre crianças, muitas escolas anteciparam o fim das aulas antes das festas natalinas. A dúvida dos pais é se vão reabrir em janeiro conforme programado.

Na Alemanha, onde escolas em alguns estados já fecharam, o número de casos entre menores de 15 anos é quase duas vezes mais alto do que a média nacional. O Reino Unido observa tendência semelhante, assim como outros países da União Europeia, como Áustria e Irlanda.

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Dor de cabeça para os pais

O fechamento de escolas seria uma dor de cabeça para trabalhadores e empresas, obrigando pais ao trabalho remoto, caso possam, ou a tirar férias.

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A nova onda de Covid-19 no Reino Unido e na Europa já causa estragos. E levou a uma série de restrições, como mandatos de vacinas, lockdowns e novas regras de viagens.

Soma-se a isso as crescentes evidências de que a ômicron é a cepa do coronavírus mais contagiosa até o momento, com maior capacidade de resistir às vacinas. Com isso, governos da Europa temem que, mesmo com centenas de milhões de doses administradas contra a Covid, a situação pode piorar antes de melhorar.

Na França, a taxa de crianças com menos de 9 anos com teste positivo havia aumentado para 634 por 100 mil em 6 de dezembro em relação a menos 100 no início de novembro.

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“As crianças são a maior fonte de contágio no momento”, disse Karine Lacombe, chefe do departamento de doenças infecciosas do Hospital Saint Antoine em Paris, em entrevista à rádio RTL na terça-feira.

Países agora buscam acelerar a vacinação. A Alemanha começou a administrar vacinas em crianças de 5 a 11 anos esta semana, embora recomende que apenas as vulneráveis e com problemas de saúde preexistentes sejam vacinadas. Grécia e Itália também autorizaram vacinas para essa faixa etária nos últimos dias, e a Bélgica deve seguir os mesmos passos.

No Reino Unido, as vacinas para crianças de 5 a 11 anos podem ser autorizadas antes do Natal. O país também mudou a diretriz sobre a segunda dose para jovens de 12 a 15 anos em face da ômicron. A Suíça planeja começar a vacinar menores de 12 anos em janeiro.

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