Startup que armazena energia no sal recebe aporte de bilionário dinamarquês

Dinamarca não consegue usar toda a energia eólica gerada à noite quando a demanda é menor

Empresa armazena energia que não consegue consumir durante a noite
Por Morten Buttler
05 de Dezembro, 2021 | 08:05 PM

Bloomberg — Uma startup que desenvolve uma tecnologia para armazenar energia em sal fundido levantou cerca de US$ 12 milhões de investidores, incluindo o homem mais rico da Dinamarca.

A Hyme vai usar parte do dinheiro em uma planta piloto para encontrar novas maneiras de armazenar eletricidade não utilizada de energia eólica e solar, disse o CEO Ask Lovschall-Jensen em uma entrevista. E a empresa dinamarquesa já está considerando outra rodada de financiamento “para garantir que possamos seguir em direção à expansão global”, disse ele.

A Dinamarca obtém cerca de 40% de sua eletricidade da energia eólica, mas muitas vezes não consegue usar toda a energia gerada à noite quando a demanda é menor. O problema foi ampliado em 2021 porque a velocidade do vento foi menor do que o normal e os preços da energia dispararam na Europa.

A Hyme, que é uma cisão da startup nuclear Seaborg Technologies Aps, espera que sua unidade de armazenamento possa manter a energia a um custo de cerca de US$ 20/kWh e armazená-la por até 14 dias sem perder calor significativo.

PUBLICIDADE

A empresa desenvolveu seu método usando sal hidróxido - um material corrosivo conhecido como soda cáustica. Quando aquecido e derretido na forma líquida, o sal hidróxido pode ser usado para armazenar e transmitir energia a 1/10 do custo dos sais solares.

Os investidores incluem uma série de acionistas já existentes de Seaborg, incluindo o bilionário dinamarquês Anders Holch Povlsen, por meio de seu braço de investimentos Heartland A/S.

A CEO da Heartland, Lise Kaae, espera que o consumo de energia aumente nos próximos anos e diz que a Hyme tem potencial para fornecer uma das soluções para armazenar energia de fontes renováveis.

PUBLICIDADE

“Embora saibamos que investimos em um estágio muito inicial, acreditamos que investir em inovação nessa área pode fazer uma diferença positiva”, disse Kaae por telefone.

- Com a ajuda de Jesper Starn.

Veja mais em bloomberg.com

Veja também