Custódia de criptomoedas ganha forma no Brasil com Bitrust

A custodiante, uma parceria do grupo 2TM com a Kryptus, foi criada para atender investidores institucionais

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Por Gino Matos para Mercado Bitcoin

São Paulo - A custódia de criptomoedas tem ganhado forma ao redor do mundo e, recentemente, recebeu impulso no Brasil por meio da Bitrust, que é a primeira empresa a oferecer esse tipo de serviço no país. Seguindo o modelo já praticado no exterior por empresas como Coinbase e Gemini, a Bitrust oferece serviços especializados para investidores institucionais e de alta renda.

A Bitrust foi criada pela holding 2TM, que controla o Mercado Bitcoin, e pela empresa de segurança Kryptus para oferecer custódia digital qualificada a investidores como exchanges de criptomoedas, family offices e tesourarias corporativas, entre outros. Até a chegada da Bitrust, esses investidores institucionais tinham que buscar uma estrutura no exterior para custodiar os seus ativos digitais. O Mercado Bitcoin já utiliza os serviços da Bitrust.

A custódia é essencial para o desenvolvimento da nova economia digital, explica Paloma Sevilha, Head de Negócios da Bitrust. “Se as chaves criptográficas privadas que dão acesso ao ativo forem perdidas, o detentor da cripto não conseguirá mais acessar sua criptomoeda”, diz a executiva.

Sevilha lembra outro problema que os investidores institucionais podem enfrentar fora de uma custodiante: o risco de hacking e de perda dos ativos. Para evitar isso, a Bitrust adota requisitos regulatórios de mercados que já tratam do tema, como as disposições da minuta de regulação da União Europeia - o MiCA (Conselho Sobre os Mercados de Criptoativos). Além disso, a Bitrust oferece segurança de nível militar graças à Kryptus, que é reconhecida como uma Empresa Estratégica de Defesa pelo Ministério da Defesa.

Ponte para o investidor institucional

O serviço de custódia facilita o caminho para investidores institucionais seguirem o movimento da MicroStrategy. Ao comprar Bitcoins, a gigante do setor de tecnologia é o melhor exemplo de investidor institucional que decidiu se expor diretamente a criptomoedas.

O Bitcoin subiu cerca de 60% este ano, tornando-se uma aplicação difícil de ignorar. Consequentemente, investidores institucionais consideram a criptomoeda como opção para diversificar o caixa. É o caso da Yubb, fintech que oferece um buscador de investimentos. Diferente de instituições como a Pollux, o Credit Suisse e o BTG Pactual, que se expõem às criptomoedas por meio de fundos negociados em bolsa conhecidos como ETFs, a Yubb se posiciona em Bitcoin por meio de compra direta.

“Investir em Bitcoin vem exatamente da necessidade de diversificar em ativos potencialmente descorrelacionados do resto da economia, ainda que tal descorrelação não seja necessariamente uma verdade em todos os períodos”, conta Bernardo Pascowitch, fundador da fintech. Ele acrescenta que o investimento foi pensado também como forma de proteção. A Yubb tem 10% de seu caixa composto pela criptomoeda.

A Head de Negócios da Bitrust lembra que a compra direta dá acesso a um mercado que negocia “24 horas por dia, 7 dias por semana”, possibilitando uma rápida reação às mudanças de preço. Já o investimento em ETFs está disponível apenas durante o horário de funcionamento do mercado, explica Sevilha.

“Além disso, há que se pensar na capacidade de usar a criptomoeda para fazer compras diretas, a capacidade de negociar Bitcoin por outras criptomoedas ou usar para comprar outras moedas”, conclui Paloma Sevilha.

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