Nasa contrata startup japonesa para mapear vento para drones

Lidars da empresa serão usados pela TruWeather em um local de teste de drones da agência espacial americana

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Bloomberg — A Nasa está recorrendo a uma startup japonesa para obter ajuda na criação de mapas eólicos que vão aumentar a segurança de voo de drones e táxis aéreos no mundo todo.

A MetroWeather fabrica sensores compactos e de baixo custo que podem ser usados para detectar perigos como o vento, permitindo que veículos aéreos não tripulados operem em ambientes urbanos, disse o CEO Junichi Furumoto em uma entrevista. A empresa sediada em Kyoto trabalhará nos EUA junto à TruWeather Solutions como parte do programa de bolsa de pesquisa de inovação de pequenas empresas da Nasa.

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Drones autônomos e carros voadores estão lentamente se tornando realidade, como as máquinas de quatro rotores, ou quadricópteros, que já são usadas para fotografia, inspeções e mapeamento. A Amazon, Alphabet e United Parcel Service (UPS) estão explorando o uso para entregas, enquanto diversas startups e companhias aeroespaciais desenvolvem veículos elétricos de decolagem e pouso vertical que poderão transportar pessoas.

Mas a segurança continua sendo uma questão problemática.

“Colocar isso em voo sem saber do vento, e correr risco de acidentes, é inconcebível”, disse Furumoto. “Ainda mais quando a carga é formada por pessoas.”

Como vai funcionar

A tecnologia Lidar (abreviatura em inglês para detecção e alcance de luz) usa luz para medir distâncias e está sendo integrada a automóveis autônomos. Sensores Lidar da MetroWeather medem o movimento e a velocidade do vento ao rastrear a poeira fina na atmosfera com laser infravermelho.

A partir de março de 2022, dois Lidars da empresa serão usados pela TruWeather em um local de teste de drones da Nasa para demonstrar como as informações sobre o vento em tempo real podem ajudar os drones a escolher rotas ideais que evitem tesouras de vento, além de outros perigos.

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O sistema Lidar tem alcance de 18 quilômetros e, portanto, quatro dispositivos instalados no topo de arranha-céus poderiam cobrir todo o centro de Tóquio. Cada um pesa cerca de 130 kg e mais ou menos o tamanho de uma mesinha de centro, enquanto um rival japonês com especificações semelhantes tem o tamanho de uma casa, pesa toneladas e tem custo dez vezes maior, da ordem de milhões de dólares, disse Furumoto.

O segredo da MetroWeather é o algoritmo exclusivo de processamento de sinais, que permite usar um feixe de laser de baixa potência sem prejudicar a precisão, explicou o executivo. A empresa espera apresentar o primeiro modelo de produção em massa em março, com metade do tamanho do produto atual e consideravelmente mais barato. Pelos cálculos de Furumoto, sua companhia está três anos à frente da concorrência.

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