São Paulo — A proximidade das manifestações agendadas para o feriado de 7 de setembro, somada às tensões contínuas entre os Poderes, levou o Ibovespa a se descolar das bolsas do exterior e perder o patamar dos 120 mil pontos. A atenção dos investidores às preocupações fiscais e políticas, na véspera da entrega do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2022 pelo governo ao Congresso, voltou a refletir na bolsa brasileira, principalmente após comentários do presidente Jair Bolsonaro no fim de semana.
Os dados que são esperados ao longo da semana também pautam o sentimento dos mercados hoje, incluindo a Pnad Contínua do trimestre fechado em junho, contendo números de desemprego no período, além do PIB do segundo trimestre na quarta-feira.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 e o Nasdaq fecharam em novos recordes, enquanto Wall Street busca terminar o mês de agosto no azul. Os mercados ainda tomam benefícios das falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no discurso de Jackson Hole na última sexta (27), além do impulso provocado pelos ganhos de papéis tecnológicos aos índices.
Bolsa hoje fica no vermelho
- O Ibovespa fechou o pregão em queda de 0,78%, a 119.739 pontos
- Entre os destaques de alta estão Americanas (AMER3), com ganho de 2,69%; Pão de Açúcar (PCAR3), 0,65%; e CVC (CVCB3), 0,78%;
- Já entre as baixas, destaque fica com Petrobras (PETR3), com -1,24%; Vale (VALE3), -0,46%; Magazine Luiza (MGLU3), -0,79%;
- O dólar operava em queda de 0,33% a poucos minutos do fechamento, a R$ 5,19
- A curva de juros teve desempenho misto. O DI com vencimento para janeiro próximo recuou 2 ponto base, a 6,740%, enquanto o juro para janeiro de 2027 avançou 1 ponto-base, para 9,720%
- Nos Estados Unidos, o Nasdaq e o S&P 500 fecharam em novos recordes, com altas de 0,90% e 0,43%, respectivamente, enquanto o Dow Jones recuou 0,16%
Hoje à tarde, o Tesouro Nacional divulgou resultado do Governo Central de julho, que apresentou déficit primário de R$ 19,8 bilhões, ante o déficit de R$ 87,9 bilhões em julho de 2020. O dado, que soma as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, acumulou déficit de R$ 73,4 bilhões no ano, até julho, ante os R$ 505,2 bilhões no mesmo período de 2020.
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