Petróleo tem 2ª alta seguida com otimismo tímido pela variante delta

Futuros do contrato Brent de petróleo chegaram a US$ 70 o barril, depois de cair abaixo desse nível na semana passada

Receios com variante delta pressionam demanda ao redor do mundo
Por Bloomberg News
24 de Agosto, 2021 | 10:05 AM

Bloomberg — Os preços do petróleo seguiram em alta pela segunda sessão consecutiva, com o maior ganho em um dia dos últimos cinco meses, em meio a lampejos de otimismo de que o novo pico de Covid-19 ocasionado pela variante delta possa estar passando.

Os futuros do contrato Brent de petróleo chegaram a US$ 70 o barril, depois de cair abaixo desse nível na semana passada, quando o mercado passou pela maior liquidação em anos, devido à preocupação com a demanda causada pelo vírus. Tanto o benchmark global quanto o West Texas Intermediate (WTI), negociado nos EUA, subiram mais de 5% na segunda-feira (23).

Veja mais: Opep+ poderia adiar próximo aumento da produção, diz Citigroup

A China reduziu rapidamente a zero os casos de transmissão local do vírus, embora a variante continue a impactar outras regiões. Separadamente, um incêndio em uma plataforma de petróleo mexicana destruiu mais de 400.000 barris por dia da produção do país, reduzindo o fornecimento.

PUBLICIDADE

“A ruptura mexicana é algo que vale a pena destacar, dependendo de quanto tempo permanecer off-line”, disse Giovanni Staunovo, analista de commodities do UBS Group. “Alguns dos ganhos de preço podem ter sido impulsionados pela capitulação das posições vendidas”.

O ressurgimento da Covid interrompeu a recuperação do petróleo e gerou especulações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) possa reavaliar o plano atual para devolver barris adicionais ao mercado. O grupo se reúne em 1º de setembro.

O Goldman Sachs, entretanto, reiterou que o impacto da demanda do delta seria transitório, enquanto o UBS AG vê o petróleo Brent se recuperando para US$ 75 o barril no aperto do mercado.

PUBLICIDADE

Leia também

Confira 10 IPOs para ficar de olho até o fim do ano

‘Se a gente não fizer as reformas até outubro, esquece’, alerta economista

Câmara deve votar reforma tributária só em setembro