Incorporadora Tecnisa avalia venda de participação em “bairro sustentável” em SP por R$ 38 mi

OFL Empreendimentos Imobiliários propõe pagamento à vista para aquisição de fatia no Jardim das Perdizes

Projeto da Tecnisa prevê 11 condomínios independentes com torres na região da Barra Funda, zona oeste de São Paulo
16 de Agosto, 2021 | 10:15 AM

São Paulo — A incorporadora e construtora paulista Tecnisa recebeu uma proposta e avalia vender por R$ 38 milhões uma participação no empreendimento imobiliário Jardim das Perdizes.

O projeto de 11 condomínios independentes com no máximo três torres se promove como o “primeiro bairro sustentável da América Latina” com 250 mil m² e área verde de 50 mil m², entre os bairros paulistanos de Perdizes e Pompéia, com apartamentos de 80 a 285 m², informa seu site.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Tecnisa informou que a proposta não vinculante foi enviada pela OFL Empreendimentos Imobiliários para a aquisição de participação societária na Windson e JDP E1 Investimentos Imobiliários.

“A Windsor e a JDP E1 são as sociedades que desenvolvem o empreendimento imobiliário Jardim das Perdizes. A companhia detém 57,5% do capital social da Windsor e da JDP E1, sendo que a parcela remanescente, de 42,5%, é detida, respectivamente, por Imobiliária 508 do Brasil Projetos Imobiliários Ltda. e Rouxinol LLC, sociedades que fazem parte do mesmo grupo da Hines no Brasil”, informou a Tecnisa.

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A proposta contempla, segundo a companhia, oferta para aquisição, pela OFL, de até 38,95% do capital votante da Windsor e da JDP E1, pelo valor total de R$ 380 milhões, o qual poderá ser ajustado, a depender de determinadas verificações, incluindo o resultado de auditoria. O pagamento seria à vista.

A Tecnisa diz estar “avaliando as estruturas e a viabilidade de implementação da operação” proposta, bem como os termos e condições, incluindo o preço, “os quais poderão ser alterados”.

O eventual fechamento do negócio depende da celebração de documentos “em bases satistafórias para as partes”, segundo a Tecnisa, incluindo a “aprovação pelos órgãos societários competentes das partes, obtenção dos consentimentos e autorizações pertinentes, incluindo de credores e autoridades aplicáveis, realização de auditoria em bases satisfatórias para OFL e o não exercício de direito de preferência pela Hines para aquisição da participação”.

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A Tecnisa divulgou, na sexta-feira passada, seu resultado financeiro do segundo trimestre. O prejuízo líquido atribuído aos controladores da Tecnisa cresceu 34,8%, entre abril e junho, na comparação anual, para R$ 54,4 milhões.



Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.