Holding petroquímica Unigel pede registro de IPO para levantar recursos para plano de expansão

Companhia protocola prospecto de oferta inicial de ações na CVM para operação a ser liderada pelo banco americano Morgan Stanley com previsão de listagem no Novo Mercado da B3

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São Paulo — A Unigel Participações, holding brasileira do setor petroquímico, com posição relevante em acrílicos e fertilizantes nitrogenados na América Latina, vai abrir capital na B3. O pedido de registro da oferta inicial de ações (IPO) está em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A companhia, que se apresenta como a maior fabricante latino-americana de acrílicos e de estireno (matéria-prima de resinas plásticas), pretende utilizar os recursos captados com seu plano de negócios para expansão dos seus negócios e aprimoramento da estrutura de capital, segundo o prospecto preliminar.

Fundado em 1966, o grupo atua nos Estados da Bahia, Sergipe e São Paulo e no México (nos Estados do México, San Luís Potosí e Veracruz), por meio de controladas que se dedicam à fabricação, comercialização, importação e exportação de produtos químicos na cadeia de acrílicos e estirênicos.

A operação de abertura de capital, que terá distribuição primária e secundária de ações ordinárias, será liderada pelo Morgan Stanley e inclui ainda como coordenadores o Bank of America, a XP, o BTG e o Banco Safra.

As ações serão admitidas à negociação no Novo Mercado, segmento especial de negociação de ações da B3.

Liderança em fertilizantes

Em janeiro, a companhia captou US$ 10 milhões no mercado internacional de capitais, com a reabertura de bond com vencimento em 2026. Com os recursos, a Unigel acelerou a retomada das unidades de fertilizantes (Unigel Agro) em Sergipe e na Bahia.

Em maio, iniciou a produção de amônia e ureia na sua unidade de fertilizantes nitrogenados em Laranjeiras (SE) e se tornou o maior produtor nacional de fertilizantes nitrogenados.

A Unigel iniciou o movimento de retomada da produção nacional destes fertilizantes em novembro de 2019, quando foram arrendadas duas fábricas da Petrobras – uma em Laranjeiras, outra em Camaçari (BA) – pelo período de dez anos, prorrogáveis por mais dez anos.