São Paulo não quer repetir ‘Lollapalooza de Chicago’ com idas e vindas de máscara, diz Ellen

Eventos terão que seguir protocolos sanitários e distanciamento mínimo, diz secretária de Desenvolvimento do Estado

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O Estado de São Paulo não quer repetir o que ocorreu em países como EUA, Reino Unido e Israel, que descuidaram da obrigatoriedade do uso de máscaras nos eventos públicos e depois tiveram que recuar na reabertua, disse à Bloomberg Línea a secretária do Desenvolvimento de São Paulo, Patricia Ellen da Silva. O Estado liberou a realização de eventos públicos como feiras, exposições e casamentos a partir do próximo dia 17 de agosto, desde que os participantes utilizem máscaras, respeitem o distanciamento social e os protocolos sanitários.

“Nós vimos muito países que, que quando alcançaram um percentual de vacinação, liberaram completamente os eventos e inclusive abriram mão da obrigatoriedade do uso de mascara. Nós não estamos fazendo assim”, disse a secretária, que anunciou nesta segunda (9) nova flexibilização das regras de funcionamento de atividades no Estado.

Cancelado no ano passado, o Lollapalooza de Chicago funcionou dois dias no final de julho sem a obrigatoriedade do uso de máscaras, apesar de exigir comprovante de vacinação ou teste negativo de covid. Diante do aumento de casos na cidade, a maioria da variante delta de alto contágio, o festival passou a exigir no terceiro e quarto dias o uso de máscara nos ambientes internos. O evento recebeu mais de 110 mil pessoas.

“Eles viram que foram longe demais e implementaram no meio do festival a obrigatoriedade de máscara. Não queremos isso aqui em São Paulo”, disse a secretária.

Segundo Ellen, eventos que suscitem aglomerações, como casas de espetáculos e baladas com pista de dança, ainda não poderão funcionar. “Se tirou a máscara para comer, por exemplo, precisa estar sentado e respeitando o distanciamento mínimo”, disse Ellen à Bloomberg Línea.

A secretária lembra que a partir de novembro, quando 90% da população terá tomado as duas doses da vacina, eventos de maior porte poderão ocorrer no Estado. Mesmo assim, o uso de máscara continuará sendo obrigatório, disse.