Bloomberg — A região central da antes florescente indústria de gás de xisto dos Estados Unidos sinaliza confiança na recuperação do impacto da pandemia, que esmagou a demanda e reduziu as perfurações de petróleo e gás.
A Bacia Permiana, que abrange o oeste do Texas e o Novo México, se expandiu na última década até produzir mais petróleo do que o Iraque. Mas agora enfrenta alguns dos efeitos negativos dessa expansão: estradas desmoronando devido a um grande volume de caminhões de 18 rodas, falta de médicos, preços de casas e aluguéis nas alturas e escassez de trabalhadores qualificados.
Uma coalizão de empresas de energia, com parceiros estaduais e locais, planeja gastar US$ 844 milhões em estradas, educação, desenvolvimento da força de trabalho, habitação, banda larga e saúde na região, de acordo com a Permian Strategic Partnership, que reuniu o grupo. O Departamento de Transportes do Texas contribuiu com a maior parte dos fundos, enquanto empresas, como Chevron e Halliburton, também entram em ação.
A mudança dá a garantia necessária sobre o futuro da indústria de gás de xisto após a forte retração no ano passado causada pelas paralisações relacionadas à pandemia, que reduziram as viagens e deixaram a economia dos EUA em colapso. A Bacia Permiana, que produz mais de um terço do petróleo e mais de um décimo do gás natural nos EUA, mostra recuperação modesta da produção e empregos, mesmo com outras regiões de gás xisto estáveis e empresas de petróleo e gás dos EUA com foco em devolver capital aos investidores em vez de aumentar a produção.
“Cultivar comunidades que sejam atraentes para funcionários atuais e futuros é um caminho-chave para garantir uma indústria de energia próspera”, disse Tracee Bentley, presidente e CEO da Permian Strategic Partnership.
O Departamento de Transportes do Texas está fornecendo US$ 675 milhões para estradas e projetos relacionados, enquanto o estado do Novo México contribui com US$ 13 milhões, de acordo com números fornecidos pela parceria. Gigantes como Chevron e Royal Dutch Shell, independentes como EOG Resources e provedores de serviços como Halliburton estão investindo US$ 48,5 milhões.
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