Carlyle premia equipes com US$ 2 milhões por foco em diversidade

Funcionários da própria empresa indicaram quase 200 pessoas, em projeto que pode crescer em termos de quantias nos próximos anos

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Bloomberg — O Carlyle Group planeja oferecer prêmios no total de cerca de US$ 2 milhões a mais de 50 executivos e outros funcionários ao redor do mundo que se destacaram em metas vinculadas à diversidade, equidade e inclusão.

O objetivo é “recompensar um grupo de funcionários que foram além”, disse Sandra Horbach, diretora-gerente do Carlyle e codiretora de aquisição e crescimento nos EUA. “Não se trata de dinheiro, tem a ver com reconhecimento e com celebrar contribuições enquanto inspiramos outros a se posicionarem e assumirem um papel de maior liderança na condução da diversidade, equidade e inclusão”, disse em entrevista.

Na segunda-feira, a firma de private equity comunicará os premiados sobre os bônus, que são adicionais aos regulares da empresa, além de seu compromisso desde o início deste ano de atrelar bônus a metas de diversidade. Os funcionários indicaram quase 200 pessoas, e a empresa avalia expandir a quantia disponibilizada para os próximos anos.

Um dos ganhadores é Jay Sammons, responsável global pela divisão de consumo, mídia e varejo que fundou o grupo de recursos de funcionários do Carlyle dedicado à comunidade LGBTQ há cerca de uma década. Sammons tem buscado oportunidades de investimento que incluem empresas controladas por mulheres.

“Desde o primeiro dia, tive o poder de trazer meu eu autêntico para o trabalho que, no início da minha carreira, não sabia ser possível”, disse Sammons depois de a empresa de Washington informar que ele havia sido selecionado para um dos prêmios. “A obrigação que temos como líderes diversificados é sermos muito claros sobre a diversidade, não apenas porque é a coisa certa a fazer, mas porque gera melhores resultados de negócios.”

Mais da metade dos ativos sob gestão do Carlyle são administrados por mulheres, enquanto o salário do CEO Kewsong Lee é calculado em relação a indicadores que incluem o desenvolvimento de uma cultura inclusiva. A meta do Carlyle é ter 30% dos assentos do conselho das empresas de seu portfólio ocupados por pessoas que representam a diversidade até 2023.

“Precisamos avaliar as pessoas sobre isso mais do que no passado”, disse Horbach. “Nosso setor ainda tem um longo caminho a percorrer.”

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