EDP de Portugal vê evolução da energia eólica offshore e custos menores

A companhia é uma das principais desenvolvedoras de energias renováveis da Europa e planeja investir 24 bilhões de euros entre 2021-2025

CEO da EDP Portugal diz que novos projetos se traduzem em custos menores à medida que a tecnologia amadurece
Por Joao Lima e Anna Edwards
30 de Julho, 2021 | 11:03 AM

Bloomberg — A EDP-Energias de Portugal informou que a tecnologia usada em projetos de energia eólica offshore ainda é menos madura do que a utilizada em parques eólicos onshore, mas está avançando de maneira acelerada.

“Offshore é uma tecnologia mais recente, mas está evoluindo muito rápido”, disse o CEO da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, em entrevista à Bloomberg Television nesta sexta-feira. “Muitos projetos estão sendo desenvolvidos no momento na Europa e nos EUA e estamos vendo que isso se traduz em custos menores à medida que a tecnologia também amadurece.”

A EDP é uma das principais desenvolvedoras de energias renováveis da Europa e planeja investir 24 bilhões de euros no período 2021-2025, apostando em novos projetos, principalmente na Europa e América do Norte. A companhia portuguesa criou uma joint venture com a francesa Engie focada em ativos de energia eólica offshore. O objetivo é dobrar a capacidade instalada de energia solar e eólica para 25 gigawatts em 2025.

Para lidar com pressões inflacionárias, o CEO revelou que, quando a EDP toma uma decisão de investimento, procura “imediatamente” travar os custos com os fornecedores.

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Andrade repetiu que a EDP estuda reduzir parte da exposição a ativos hidrelétricos no Brasil. A empresa está vendendo algumas linhas de transmissão no País e reinvestindo em novos projetos. “O Brasil tende a ficar mais focado em distribuição e transmissão no futuro”, disse ele.

A EDP pretende gerar toda a sua energia a partir de fontes renováveis em 2030, mas ainda tem cerca de 2,9 gigawatts em ativos de gás natural em Portugal e na Espanha. A companhia pretende desativar gradualmente as instalações de gás natural nos próximos dois anos, acrescentou o CEO.

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