Bloomberg — O JPMorgan Chase & Co. planeja mais do que dobrar os consultores em seu negócio tradicional, com a gigante de Wall Street de olho em uma expansão na gestão de patrimônio, em meio à maior competição por clientes ricos.
O banco pretende contratar mais de 500 consultores nos próximos anos, elevando o total da unidade para 1.000, disse Kristin Lemkau, que supervisiona o braço de gestão de fortunas do credor nos EUA. O JPMorgan também tentará aproximar a unidade dos gestores de patrimônio que trabalham em agências de varejo e ajudar os consultores a orientar os clientes de forma mais eficiente para outras partes do banco.
“Precisamos ser, sem sombra de dúvida, o melhor lugar para se trabalhar e precisamos que acreditem nisso com convicção”, disse Lemkau.
Bancos competem agressivamente para atender às fileiras de multimilionários e bilionários cada vez maiores da América. O Citigroup Inc. está expandindo as ofertas de gestão de patrimônio em todo o mundo, e o Deutsche Bank AG adicionou banqueiros privados para atender aos ricos, muitos dos quais viram seus ativos ganharem força em meio a mercados de ações ruidosos e preços residenciais em alta.
O esforço será liderado por Phil Sieg, um ex-executivo do Bank of America Corp. que foi contratado em abril para liderar a JPMorgan Advisors. A unidade opera separadamente do banco privado do JPMorgan e do Chase Wealth Management, com cerca de quatro mil gestores de patrimônio em agências de varejo nos EUA.
Como parte do foco renovado na unidade, o JPMorgan também contratou Jessica Douieb, do Goldman Sachs Group Inc., para uma nova função de supervisão de parceiros de gestão patrimonial, e acrescentou Mollie Colavita do Bank of America para liderar sua divisão de gerenciamento de práticas. Kevin Hale foi promovido para liderar o marketing da Chase Wealth Management e da JPMorgan Advisors.
O JPMorgan Advisors conta com equipes em 21 escritórios nos EUA. Com as mudanças, a empresa nomeará os chamados “concierges” para cada equipe do JPMorgan Advisors, que ajudarão clientes a se conectar a outras divisões e garantir uma coordenação mais estreita com seus braços comerciais e de serviços bancários de investimento.
O banco também está testando um programa em São Francisco, onde gerentes de patrimônio em filiais indicam clientes ricos para negócios de Sieg e vice-versa, e então compartilham a receita gerada. O programa será expandido para Nova York antes de ser lançado em todo o país no final do ano.
“Estamos investindo nesse negócio”, disse Sieg. “Isso é muito positivo, pois dá autonomia a estas equipes.”
Leia mais em bloomberg.com
© 2021 Bloomberg L.P.