Depois da Páscoa, pressão sobre o cacau perde força e cotação recua

Os futuros em Nova York da commodity caíram até 3,9% nesta quinta-feira (4), para US$ 9.150 a tonelada; cotação cai pelo terceiro dia

Próximos dois meses “poderão representar um ponto de inflexão no ciclo altista do cacau”
Por Mumbi Gitau - Dayanne Sousa
04 de Abril, 2024 | 02:49 PM

Bloomberg — A cotação do cacau estendeu seu recuo pelo terceiro dia seguido, após mais que dobrar este ano e quebrar um recorde atrás do outro até a segunda-feira (1) após a Páscoa, em meio a preocupações com a oferta global.

Os futuros em Nova York caíram até 3,9% nesta quinta-feira (4), para US$ 9.150 a tonelada. O número de contratos futuros pendentes continua a diminuir, com posições em aberto no nível mais baixo desde 2020.

As perspectivas de salários mais elevados para os agricultores aumentam as esperanças de um aumento da oferta na África Ocidental.

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A Costa do Marfim aumentou preços ao produtor em 50%, enquanto Gana considera uma medida semelhante, segundo informou a Bloomberg News na quarta-feira.

Espera-se que o aumento da renda nos dois maiores países produtores encoraje os fazendeiros a produzir mais e aumentar o investimento em suas lavouras.

O ritmo acelerado da disparada de preços na segunda quinzena de março — de US$ 8.000 para US$ 10.000 a tonelada — sugere que o fator de alta foi mais o impulso do que uma nova mudança de fundamentos, segundo analistas do Citigroup (C), incluindo Aakash Doshi.

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Os próximos dois meses “poderão representar um ponto de inflexão no ciclo altista do cacau”.

Uma equipe de analistas do JPMorgan, incluindo Tracey Allen, estima que o preço do cacau cairá no médio prazo, embora ainda permaneça historicamente alto, girando em torno de US$ 6.000.

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