Goldman Sachs se antecipa ao CPI com emissão de US$ 2,75 bilhões em títulos

O Goldman está entre ao menos nove instituições que foram ao mercado na segunda-feira; corretoras estimam para a semana US$ 30 bilhões em novas emissões

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Bloomberg — O Goldman Sachs (GS) emitiu novas dívidas no mercado norte-americano de títulos com grau de investimento, sendo o mais recente emissor a recorrer aos investidores depois que a Fitch Ratings cortou a nota de crédito dos Estados Unidos e antes da divulgação de dados cruciais sobre o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país, no final desta semana.

O banco vendeu US$ 2,75 bilhões em títulos em duas tranches, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto. A parcela de US$ 2,25 bilhões de taxa fixa para flutuante renderá 1,03 ponto percentual acima dos títulos do Tesouro, depois que as discussões iniciais de preço sugeriram 1,25 ponto. Os títulos não poderão ser resgatados por dois anos e vencerão em três anos, disse esta fonte, que pediu para não ser identificada porque os detalhes são privados.

O Goldman está entre pelo menos nove tomadores de empréstimos que chegaram ao mercado na segunda-feira, depois dos seis emissores que venderam novas dívidas nos dias seguintes à ação de classificação da Fitch Ratings.

Além disso, os mutuários podem tentar fechar negócios antes da última leitura do Índice de Preços ao Consumidor - prevista para quinta-feira - que está levando o mercado a avaliar uma possível pausa nos aumentos das taxas em setembro.

A atividade no mercado primário teve início com vários bancos anunciando acordos de dívida durante a noite, incluindo o BNP Paribas, que se tornou o primeiro banco europeu a vender notas adicionais de nível 1 em dólares americanos desde a baixa contábil dos títulos do Credit Suisse.

Os títulos AT1 são um tipo de título híbrido que ajuda os bancos a reforçar o capital para atender às regulamentações destinadas a evitar uma falência.

A Thermo Fisher Scientific e a Caterpillar Financial estão entre os emissores no mercado na segunda-feira, onde se espera um preço combinado de US$ 14,5 bilhões. As estimativas dos corretores para a semana apontam para cerca de US$ 30 bilhões em novas emissões.

Representantes do Goldman Sachs, BNP, Caterpillar Financial e Thermo Fisher não quiseram comentar.

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