Bloomberg — Os futuros de ações dos EUA registraram alta depois que os EUA e a União Europeia fecharam um acordo que fará com que o bloco enfrente tarifas de 15% sobre a maioria das exportações, evitando uma guerra comercial potencialmente prejudicial.
Os contratos do S&P 500 subiram 0,4% depois que o índice atingiu seu quinto recorde histórico consecutivo na sexta-feira (25).
Os futuros das ações asiáticas ficaram estáveis enquanto investidores se preparam para uma semana movimentada de dados, incluindo uma reunião do Federal Reserve e o prazo final de 1º de agosto para os acordos tarifários de Trump. O euro ficou ligeiramente mais alto em relação ao dólar.
Leia também: EUA e União Europeia fazem acordo para impor tarifas de 15% sobre produtos do bloco
Esta semana também trará um relatório de empregos dos EUA, enquanto os membros das sete magníficas Apple, Amazon, Microsoft e Meta deverão divulgar seus números. Lucros corporativos robustos reforçaram a confiança dos investidores nas ações dos EUA, à medida que as empresas se encaminham para sua maior parcela de resultados positivos desde o segundo trimestre de 2021.
O presidente dos EUA, Donald Trump, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciaram o acordo da UE no domingo (27) em seu clube de golfe em Turnberry, na Escócia, embora não tenham revelado todos os detalhes do pacto nem divulgado nenhum material escrito.
Enquanto isso, espera-se que os EUA e a China estendam sua trégua tarifária por mais três meses, informou o South China Morning Post, citando fontes não identificadas.
Na Ásia, o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba sinalizou que pretende permanecer no cargo, apesar de um número crescente de pedidos dentro do partido governista para que ele renuncie. No final da semana, o Banco do Japão deve manter as taxas de juros inalteradas, com os traders em alerta para qualquer sinal de orientação futura do banco central.
Os observadores das moedas asiáticas estarão monitorando os acontecimentos na Tailândia e no Camboja, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que ligou para os líderes dos países para pedir que parassem com os confrontos que eclodiram no início desta semana, alertando que não faria um acordo comercial com nenhuma das nações enquanto o conflito continuasse.
Separadamente, os lucros industriais da China caíram pelo segundo mês consecutivo, com as autoridades devendo intensificar seus esforços para controlar a concorrência excessiva que está derrubando os preços e agravando a dor das tarifas dos EUA.
O progresso nos acordos comerciais, os dados econômicos positivos e a resiliência corporativa compensaram as preocupações de que as ações estão superaquecendo. Mais de 80% das empresas do S&P 500 superaram as estimativas de lucro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg Intelligence.
Veja mais em bloomberg.com