Ata do Copom, IPCA, e balanços: os eventos da semana que devem movimentar os mercados

Agenda dos mercados no Brasil traz destaque ainda para a volta do recesso do Congresso, desdobramentos nos EUA pós-payroll e os resultados trimestrais dos principais bancos

Visitante em frente a painel de ações na B3
Por Josue Leonel
04 de Fevereiro, 2024 | 05:11 PM

Bloomberg — O mercado acompanha a ata do Copom e o IPCA na próxima semana, mas as expectativas também devem ser influenciadas pela agenda nos EUA diante da redução das apostas em cortes do Fed após os números robusto de emprego em janeiro. Petrobras (PETR3; PETR4) e balanços de bancos são destaques corporativos e Congresso volta do recesso. Veja destaques:

Ata do Copom

O Banco Central divulga na terça-feira (6) a ata da última reunião do Copom, que reduziu a Selic para 11,25% e manteve a sinalização de cortes da mesma magnitude nas próximas reuniões. Em linha com o sinal do BC, o mercado precifica novas reduções de 0,50pp em março e maio.

O mercado estará atento a eventuais diferenças de avaliações na ata envolvendo os novos diretores.

“A última votação foi unânime, mas existe a possibilidade de a ata expor pontos de vista divergentes”, segundo Adriana Dupita, da Bloomberg Economics. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, deve estar no dia 6 entre os participantes de evento realizado pelo BTG Pactual (BPAC11), segundo página do banco na internet.

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IPCA e fiscal

As apostas na trajetória da Selic também devem ser influenciadas pelo IPCA de janeiro, na quinta-feira (8). O indicador pode confirmar que a alta de preços está perdendo força, mas os núcleos ainda devem ficar levemente acima do nível consistente com o cumprimento das metas, segundo a Bloomberg Economics, que prevê um índice cheio de 4,43% na comparação anual - perto do teto do intervalo da meta.

Agenda variada ainda inclui resultado fiscal consolidado de 2023, dados de varejo, serviços e crédito, contas externas e balança comercial.

Agenda nos EUA pós-payroll

A agenda nos EUA será mais fraca na próxima semana, mas ainda assim poderá gerar volatilidade depois dos dados de emprego muito acima do esperado em janeiro.

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Os operadores reduziram as apostas em cortes de juros em março e a precificação para maio deixou de ser total, o que pressionou os ativos de risco.

O presidente do Fed, Jerome Powell, fala em entrevista na televisão americana neste domingo. Outros membros do Fed também realizam discursos nos próximos dias, como Raphael Bostic, Loretta Mester e Michelle Bowman. Indicadores como PMI e ISM de serviços serão divulgados. China publica dados de serviços, além do PPI e CPI. BC do México se reúne na quinta-feira e deve manter taxa. BCs do Peru e Índia também decidem na semana.

Congresso volta do recesso

O Congresso volta do recesso oficialmente com uma sessão solene na segunda-feira, embora a expectativa seja que as atividades legislativas só ganhem força após o feriado de Carnaval, na semana seguinte.

O governo deverá divulgar na segunda uma mensagem com as suas prioridades para o ano. A regulamentação da reforma tributária e a reoneração da folha de pagamentos são alguns dos projetos prioritários do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, segundo o site da casa.

Petrobras, Vale, bancos

A Petrobras divulga os dados de produção e vendas do quarto trimestre na quinta-feira, quase um mês antes do balanço. Safra de balanços destaca bancos, com Itaú (ITUB4) e BTG Pactual, na segunda-feira, Bradesco (BBDC4), na quarta, e Banco do Brasil (BBAS3), na quinta. Nos próximos dias, ainda devem ser definidos os preços das ofertas de Vulcabrás e Priner.

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