Submarino desaparecido: tripulação não sobreviveu, diz Guarda Costeira

Conclusão veio após uma análise de detritos encontrados debaixo d’água nesta quinta (22), vistos por meio de um dispositivo controlado remotamente

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Bloomberg — Os cinco tripulantes do submarino desaparecido que se dirigia ao Titanic morreram devido à uma “implosão catastrófica” de seu navio.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos chegou a essa conclusão depois de examinar detritos encontrados debaixo d’água nesta quinta-feira (22), que foram vistos por meio de um dispositivo controlado remotamente. Os destroços foram encontrados a 488 metros da proa do Titanic.

“Notificamos imediatamente as famílias”, disse o contra-almirante John Mauger em um briefing nesta quinta. “Em nome da Guarda Costeira dos EUA e de todo o comando unificado, ofereço meus mais profundos sentimentos.”

A saga do submarino desaparecido conhecido como Titan despertou o fascínio global quando uma frota internacional de navios e aeronaves vasculhou desesperadamente uma área do Atlântico Norte com o dobro do tamanho do estado de Connecticut.

As equipes de resgate correram contra o tempo, preocupadas com o fato de que o suprimento estimado de oxigênio de 96 horas do Titan estava diminuindo depois que ele perdeu contato com o navio de pesquisa canadense Polar Prince no domingo, 18 de junho.

A Guarda Costeira dos EUA disse no início da semana que sons não identificados foram detectados durante a busca, mas esses ruídos não estavam ligados à embarcação desaparecida.

A bordo do Titan estavam Hamish Harding, 58, do Reino Unido, fundador da firma de investimentos Action Group e um ávido aventureiro; o especialista marítimo francês Paul-Henry Nargeolet, 77; Stockton Rush, 61, diretor executivo da OceanGate, que comandou a expedição; além de Shahzada Dawood, 48, e Suleman Dawood, 19, pai e filho de uma das famílias mais importantes do Paquistão.

“Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um espírito distinto de aventura e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo”, disse a OceanGate Expeditions, operadora da missão, em comunicado.

“Nossos corações estão com essas cinco almas e todos os membros de suas famílias durante esse período trágico. Lamentamos a perda de vidas e a alegria que eles trouxeram para todos que os conheciam”.

O Titan, uma embarcação de 6,7 metros de comprimento feita de fibra de carbono e titânio, foi projetada para transportar um piloto e quatro tripulantes a uma profundidade máxima de 4.000 metros (13.120 pés).

De acordo com o site da OceanGate, um sistema a bordo foi capaz de rastrear a saúde da tripulação e fornecer “detecção de alerta precoce para o piloto com tempo suficiente para interromper a descida e retornar com segurança à superfície”.

Mas nenhuma mensagem foi recebida depois que uma nave-mãe na superfície perdeu todas as comunicações com o Titan, em 18 de junho, cerca de 1 hora e 45 minutos depois de começar a mergulhar em direção ao Titanic, que afundou em 1912 em sua primeira viagem transatlântica.

A OceanGate diz que oferece expedições de 10 dias ao local do Titanic, proporcionando a “exploradores qualificados” a oportunidade de ingressar como especialistas em missões.

Suas taxas garantem o treinamento e a participação da equipe científica que explora o navio que afundou em 1912 em sua viagem transatlântica inaugural após bater em um iceberg.

A OceanGate também realizou expedições para explorar o naufrágio em 2021 e 2022, de acordo com seu site.

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