Bloomberg — A Novo Nordisk destituiu o CEO Lars Fruergaard Jorgensen enquanto a farmacêutica luta contra a crescente concorrência para seu tratamento de obesidade Wegovy, que tem pesado sobre o preço das ações.
A empresa dinamarquesa disse que Jorgensen está de saída por acordo mútuo com o conselho de administração, embora ele continue como chefe “por um período para apoiar uma transição suave para uma nova liderança”. A busca por um novo líder já começou, disse a empresa em um comunicado na sexta-feira (16).
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A mudança ocorre após uma queda de 53% no preço das ações da empresa nos últimos 12 meses, uma vez que a empresa enfrentou reveses nos testes de novos medicamentos para perda de peso e a crescente concorrência da Eli Lilly. As ações caíam cerca de 2% no pregão do meio-dia de sexta-feira.
“Considerando os recentes desafios do mercado, o declínio do preço das ações e o desejo da Fundação Novo Nordisk, o conselho da Novo Nordisk e Lars Fruergaard Jorgensen concluíram conjuntamente que iniciar uma sucessão de CEO é do melhor interesse da empresa e de seus acionistas”, disse a empresa.
A fundação, um grupo beneficente que controla a farmacêutica, iniciou um diálogo com o conselho da Novo “sobre os méritos de uma sucessão acelerada do CEO”, disse a Novo.
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A Novo foi a primeira farmacêutica a explorar o segmento ao comercializar o Wegovy e seu medicamento irmão Ozempic, originalmente para diabetes tipo 2, mas a empresa dinamarquesa cedeu participação de mercado para a Lilly.
Seu medicamento rival, o Zepbound, agora lidera as prescrições para obesidade, e a versão para diabetes do medicamento da Lilly, o Mounjaro, está a caminho de alcançar o Ozempic também até agosto próximo, de acordo com análise da BMO Capital Markets.
Jorgensen está na Novo desde 1991 e foi nomeado CEO em janeiro de 2017. A capitalização de mercado da empresa mais do que triplicou durante sua gestão.
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