Desaceleração da economia chinesa e outros 4 assuntos para começar o dia

Veja os assuntos que devem marcar o sentimento dos mercados ao redor do mundo nesta sexta-feira (15)

Meta de crescimento do país parece cada vez mais distante diante dos últimos dados reportados
Por Bloomberg News - Heather Burke
15 de Julho, 2022 | 10:03 AM
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Bloomberg — A semana se encerra com os mercados, ainda em tom de cautela, repercutindo os dados econômicos mais fracos do que o esperado na China. Ainda assim, no pré-mercado dos EUA, as ações subiam, bem como os principais índices europeus. Destaque também para a agenda de dados do dia, que reserva números importantes sobre os lucros dos principais bancos do mundo.

1. Desaceleração chinesa

A economia da China cresceu no ritmo mais lento desde que o país foi atingido pelo primeiro surto de coronavírus há dois anos, o que torna a meta de crescimento do ano cada vez mais inatingível, à medida que os economistas cortam ainda mais as previsões. O Goldman Sachs (GS) cortou sua previsão de crescimento da China para este ano de 4% para 3,3%.

O país passou por momentos difíceis por conta da política de Covid zero para conter o vírus, e há poucos sinais de que essa política será abandonada num futuro próximo, já que partes de Xangai ainda estão bloqueadas, apesar da estabilização dos casos. Separadamente, os bancos da China reportaram 2,11 bilhões de yuans (US$ 312 milhões) em empréstimos de risco para o crescente número de compradores de casas que se recusam a pagar hipotecas de casas inacabadas.

2. Estimativas do Fed

Christopher Waller, membro do Conselho de Governadores do Federal Reserve dos Estados Unidos, diz apoiar um aumento de 75 pontos base em vez de 100 pontos base quando as autoridades da autarquia se reunirem este mês.

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Embora o relatório do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de junho tenha sido uma “grande decepção”, Waller diz que seu voto depende também de outros dados. Além disso, o presidente Joe Biden deve deixar o Oriente Médio sem anúncios - ao menos públicos - sobre um aumento no fornecimento de petróleo, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

3. Bancos sob pressão

Reguladores estão prestes a extrair quase US$ 1 bilhão em multas dos cinco maiores bancos de investimento dos Estados Unidos por não monitorar funcionários usando aplicativos de mensagens não autorizados. O Morgan Stanley disse na quinta-feira (14) que espera pagar uma multa de US$ 200 milhões, o mesmo valor pago pelo JPMorgan (JPM) já que as autoridades estão usando esse pagamento como referência para o setor. O Citigroup (C), o Goldman e o Bank of America (BAC) também estão em negociações avançadas com os reguladores para que cada um pague uma quantia semelhante.

4. Ações em recuperação

As ações europeias e os futuros de ações dos Estados Unidos avançavam na manhã de hoje. Nos EUA, a expectativa girava em torno de mais resultados de lucros dos bancos a serem divulgados ainda nesta sexta, com pitas sobre a economia. O petróleo subiu, enquanto o tipo Brent foi negociado perto de US$ 99 o barril às 7h30, horário de Brasília. Os metais permanecem sob pressão, com o cobre sendo negociado em torno de US$ 7 mil a tonelada, e o ouro em US$ 1.700 a onça.

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5. Também hoje...

Os relatórios de lucros dos bancos americanos continuam hoje, e agora é a vez do Wells Fargo (WFC) e do Citigroup. Entre os destaques da agenda de dados econômicos são esperados os números de vendas no varejo dos EUA, bem como preços de importação/exportação e vendas comerciais do Canadá às 9h30. O relatório de confiança da Universidade de Michigan será divulgado às 11h. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, também fala, assim como o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard.

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