Metaverso ajuda a elevar interação do ensino a distância

Ao permitir a estudantes que “entrem” no ambiente virtual, aulas ganham mais dinamismo e atratividade aos olhos de professores e alunos, diz especialista

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Por Matheus Mans para Mercado Bitcoin

São Paulo – Hoje, o ensino superior a distância trabalha com uma metodologia que pouca margem deixa para a interação entre professores e alunos. Com aulas em sua maioria pré-gravadas, o que reduz o dinamismo do ensino, e recursos digitais ainda focados nos velhos e tradicionais slides e vídeos, respectivamente, essa fórmula acaba por reduzir o interesse e o entusiasmo dos participantes. O formato de aula, no entanto, pode ser melhorado com o uso do metaverso, segundo alguns consultores de negócios e participantes da área de educação.

“O metaverso na educação superior a distância vem complementar o que a pandemia nos forçou a aprender, que é usar a tecnologia a nosso favor”, diz Éber Feltrim, especialista em gestão de negócios e fundador da SIS Consultoria. “A educação passou por uma disrupção inédita, com o ensino remoto em massa provocado pelo isolamento social compulsório. Embora algumas instituições de ensino tenham se saído bem, essa não foi a realidade para grande parte das escolas e universidades”.

Ensino mais atraente

Em uma aula de História sobre a Segunda Guerra Mundial, com a tecnologia e as ferramentas imersivas disponibilizadas, por exemplo, o estudante pode ser inserido digitalmente nesse ambiente a partir de elementos e mídias que o coloquem em cenários com vivência hiper-realista. São toques, cheiros e outras experiências imersivas.

Ou, ainda, um aluno poderia participar de um debate virtual com estudantes de outras cidades e depois seguir para outro local e se encontrar com o professor, que pode estar em outro país, por exemplo. Tudo dentro do metaverso. “A interação de criar um campus virtual e o aluno se imaginar nele, pode tornar o ensino a distância mais atraente, já que, para o aluno, é como se estivesse em um jogo de videogame ou usando óculos de realidade virtual, mas sem ao menos sair do seu quarto”, diz Feltrim.

Apesar do maior dinamismo desse mundo virtual, não é possível dissociá-lo dos desafios inerentes a novidades tecnológicas. Se até mesmo tecnologias mais simples, como as aulas virtuais ou uso de óculos de realidade virtual, apresentam barreiras que têm exigido soluções práticas, com o metaverso e toda a tecnologia que o envolve não será diferente. É preciso planejamento e investimento, seja por parte de universidades particulares seja oriundos de ações do poder público.

“O criador do universo virtual Second Life, Philip Rosedale, alertou, em recente entrevista, para o fato de que o metaverso, da Meta, ex-Facebook, exige cuidados em seu uso em relação a alguns pontos, como a utilização de sistemas de moderação que melhorem a qualidade de convivência no ambiente, bem como impeçam a disseminação de fake news e comportamentos recrimináveis entre os usuários”, diz Evandro Abreu, diretor executivo da Provider IT. “Além disso, há as barreiras que podem impedir alguns de utilizar esse universo, principalmente devido ao custo elevado de equipamentos técnicos, como os óculos de realidade virtual”.

Acesso facilitado

A despeito dessas barreiras, no entanto, alguns especialistas têm olhado para o futuro do metaverso na educação com bons olhos. “Os educadores podem criar experiências de aprendizado que utilizem o movimento sutil das mãos, como ensinar a escrever ou mostrar a linguagem de sinais”, explica Abreu. “Quando os alunos deixarem o mundo virtual e retornarem ao real terão a memória muscular no lugar, e reviver suas experiências aprendidas”.

Feltrim nos lembra de algo cada vez mais real: o metaverso, dentro da lógica de um ensino a distância, pode ser determinante para o sucesso escolar no futuro. “De acordo com números da Associação Brasileira de Estágio, apenas 36% dos alunos que entram no ensino superior se formam, devido ao abandono do curso por falta de motivação e questões financeiras”, diz o consultor.

“Já em relação aos cursos a distância, a realidade é que os números aumentam a cada ano, mostrando o quanto a tecnologia facilita e torna mais flexível o acesso à educação. Esse cenário mostra também o quão necessário é o investimento em novas tecnologias para revigorar os métodos de aprendizado”.

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