Com criptos e metaverso, Facebook indica futuro da rede social

Depois de trocar nome para Meta, controladora também do Instagram e do WhatsApp estaria de olho nos tokens

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Por Matheus Mans para Mercado Bitcoin

São Paulo - Ainda que muitos acreditem que a Meta tenha perdido força e relevância dentro do cenário de tecnologia, é inegável que a empresa controladora de Instagram, Facebook e WhatsApp continua ditando os rumos das redes sociais, desde a disseminação dos Stories, passando pela publicidade digital e indo até os vídeos. Agora, caminha cada vez mais em direção à criptoeconomia.

Essa transformação se deu em dois movimentos distintos, mas que trazem uma única visão de mercado de Mark Zuckerberg. O primeiro vem da própria reformulação do Facebook como empresa, deixando o nome antigo para trás e adotando o Meta, em referência ao metaverso, que a empresa está construindo aos poucos. Zuckerberg, aliás, já fez mais de uma indicação de que o futuro da empresa é abraçar o metaverso.

O segundo, mais recente, foi na última semana, quando uma reportagem do Financial Times indicou que a Meta planeja incluir tokens e criptomoedas em seus aplicativos e usá-los para recompensar criadores, fazer empréstimos e realizar outros serviços financeiros. Apelidados internamente de Zuck Bucks, estariam em desenvolvimento e ainda buscando foco mais definido de mercado. A Meta, no entanto, preferiu não comentar a reportagem, segundo o jornal.

Vale lembrar que a Meta já tentou criar sua própria moeda, a Diem – originalmente chamada de Libra –, ideia que não foi levada adiante.

Agora, porém, o caminho parece ser outro. A nova criptomoeda será apenas um dos braços de um mundo virtual com diversos serviços. Isso, assim, transforma o Facebook e as outras redes sociais da Meta em uma espécie de trampolim para essa proposta maior. “Está claro para Mark Zuckerberg que, mesmo com a rede social Facebook ainda tendo bastante aderência fora do Brasil, um dia ela irá morrer e a futura tendência das relações e conexões humanas online será por meio do metaverso”, diz Saulo Camelo, CEO e presidente das operações da Camelo Digital, empresa focada em análises de mercado e marketing digital.

Além disso, vale dizer que muito dinheiro está sendo colocado nessa nova investida da Meta. A empresa fez seu primeiro aporte no conceito de metaverso lá atrás, em 2014, quando comprou a empresa de realidade aumentada Oculus por US$ 2 bilhões. Agora, para 2022, o Facebook tem planos de investir na área US$ 10 bilhões.

Pedro Souza, pesquisador de novas tecnologias da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), acredita que essa movimentação da Meta vai sacudir o mercado de tecnologia como um todo. “Grandes rivais do Facebook, como Apple, Microsoft e Google, não vão ficar parados vendo o concorrente abocanhar um mercado valioso como esse”, diz. “No final, isso é extremamente valioso para a tecnologia. Com grandes players entrando no mercado, as criptomoedas só tendem a valorizar, com ganhos reais e, inclusive, sociais”.

Saulo, da Camelo Digital, avalia que essa entrada mais forte do Facebook mexerá com a estrutura do mercado. “Criptos serão o principal meio de pagamento dentro do metaverso e eles não vão perder a oportunidade de monetizar em cima dessa tecnologia”, diz. “Não serão os pioneiros, mas devem ser os reais popularizadores do metaverso”.

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