Quem é a Taunsa, parceiro do Corinthians que trouxe Paulinho de volta?

Com sede em Campinas, grupo atua no agronegócio e foi determinante para viabilizar o retorno do meia de 33 anos ao futebol brasileiro

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Bloomberg Línea — O Grupo Taunsa é o mais novo parceiro comercial do Corinthians e determinante para viabilizar o retorno do meia Paulinho ao futebol brasileiro. O valor da parceria anunciada hoje e que vai até dezembro de 2023, bem como sua efetiva participação na contratação, pagamento de salário e outros rendimentos ao volante de 33 anos não foram divulgados, mas tudo indica que as apostas no futebol não irão parar por aí. O acordo prevê ações e investimentos conjuntos para impulsionar o agronegócio brasileiro e o futebol do Corinthians.

Com atuação no agronegócio e sede em Campinas, a Taunsa não está se posicionando como um patrocinador do Corinthians, mas sim, um parceiro comercial. Ainda não está claro se a empresa estampará sua marca na camisa, mas tudo indica que o acordo envolva a exposição em plataformas digitais e também em placas publicitárias no estádio.

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“O agro é um dos setores mais robustos do país, um orgulho nacional, e a parceria do Corinthians com o Grupo Taunsa traz benefícios tanto para o esporte corinthiano quanto para o agronegócio, porque aproxima públicos que muitas vezes são vistos como distantes. Tenho certeza de que a Fiel vai dar as boas-vindas a essa inovação corinthiana personalizada na volta do Paulinho, um ídolo, um jogador que respeita nossa camisa e que é a cara do Corinthians. E esse é só começo, já que se trata de uma grande parceria, que estará presente em diversas ações e a partir da qual construiremos juntos o futuro do nosso clube”, afirma Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians.

A parceria com o Corinthians tem por objetivo dar visibilidade à empresa e marca a entrada de um grupo ligado ao agronegócio na elite do futebol nacional. O Taunsa tem um plano de investimento da ordem de R$ 5,7 bilhões até 2028 para se tornar líder nacional em armazenagem e uma das três maiores exportadoras de soja do Brasil. Na prática, o objetivo é concorrer com gigantes estrangeiras como Cargill, Bunge, ADM, LDC e Cofco, além das brasileiras Amaggi e Caramuru.

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No plano está a expansão da capacidade logística e na construção de 34 postos de armazenagem em Mato Grosso, na região do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba) e também em São Paulo, onde as obras começam em janeiro. A estimativa da Taunsa é investir no desenvolvimento de produtores com cerca de mil hectares em média para cada unidade, somando no total mais de 600 produtores agrícolas beneficiados. “É o que chamamos de agrofomento. Ou seja, uma relação ganha-ganha na qual todos crescem juntos, gerando emprego e renda, contribuindo para melhorar a vida das pessoas e a produtividade do agronegócio brasileiro”, explica Cleidson Augusto Cruz, CEO da empresa.

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