Incorporadora Tecnisa avalia venda de participação em “bairro sustentável” em SP por R$ 38 mi

OFL Empreendimentos Imobiliários propõe pagamento à vista para aquisição de fatia no Jardim das Perdizes

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São Paulo — A incorporadora e construtora paulista Tecnisa recebeu uma proposta e avalia vender por R$ 38 milhões uma participação no empreendimento imobiliário Jardim das Perdizes.

O projeto de 11 condomínios independentes com no máximo três torres se promove como o “primeiro bairro sustentável da América Latina” com 250 mil m² e área verde de 50 mil m², entre os bairros paulistanos de Perdizes e Pompéia, com apartamentos de 80 a 285 m², informa seu site.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Tecnisa informou que a proposta não vinculante foi enviada pela OFL Empreendimentos Imobiliários para a aquisição de participação societária na Windson e JDP E1 Investimentos Imobiliários.

“A Windsor e a JDP E1 são as sociedades que desenvolvem o empreendimento imobiliário Jardim das Perdizes. A companhia detém 57,5% do capital social da Windsor e da JDP E1, sendo que a parcela remanescente, de 42,5%, é detida, respectivamente, por Imobiliária 508 do Brasil Projetos Imobiliários Ltda. e Rouxinol LLC, sociedades que fazem parte do mesmo grupo da Hines no Brasil”, informou a Tecnisa.

A proposta contempla, segundo a companhia, oferta para aquisição, pela OFL, de até 38,95% do capital votante da Windsor e da JDP E1, pelo valor total de R$ 380 milhões, o qual poderá ser ajustado, a depender de determinadas verificações, incluindo o resultado de auditoria. O pagamento seria à vista.

A Tecnisa diz estar “avaliando as estruturas e a viabilidade de implementação da operação” proposta, bem como os termos e condições, incluindo o preço, “os quais poderão ser alterados”.

O eventual fechamento do negócio depende da celebração de documentos “em bases satistafórias para as partes”, segundo a Tecnisa, incluindo a “aprovação pelos órgãos societários competentes das partes, obtenção dos consentimentos e autorizações pertinentes, incluindo de credores e autoridades aplicáveis, realização de auditoria em bases satisfatórias para OFL e o não exercício de direito de preferência pela Hines para aquisição da participação”.

A Tecnisa divulgou, na sexta-feira passada, seu resultado financeiro do segundo trimestre. O prejuízo líquido atribuído aos controladores da Tecnisa cresceu 34,8%, entre abril e junho, na comparação anual, para R$ 54,4 milhões.