Bolsa de valores do Vale do Silício com foco em ESG garante duas listagens

Twilio, empresa de software em nuvem avaliada em US$ 63 bilhões, e a Asana, de gestão de trabalho avaliada em US$ 12 bilhões, vão listar suas ações na Long-Term Stock Exchange

Vista aérea da sede de Facebook Inc. e do Menlo Park
Por Katherine Doherty
26 de Agosto, 2021 | 04:18 PM

Bloomberg — Uma bolsa de valores gerada no Vale do Silício para enfrentar concorrentes tradicionais em Nova York e Chicago está atraindo duas primeiras empresas.

A Twilio, empresa de software em nuvem avaliada em US$ 63 bilhões, e a Asana, plataforma de gestão de trabalho avaliada em cerca de US$ 12 bilhões, vão listar suas ações na Long Term Stock Exchange (LTSE), segundo comunicado divulgado pela bolsa na quinta-feira.

Liderada pelo empreendedor do Vale do Silício Eric Ries, a nova bolsa é voltada para investimentos com foco ambiental, social e de governança (reunidos sob a sigla em inglês ESG) porque tem protocolos mais rígidos e abordagem de longo prazo. Tendo a retaguarda de empresas de venture capital, a LTSE recebeu aprovação da comissão de valores mobiliários americana (SEC) em 2019.

“Quando trabalhamos com as companhias, nós as ajudamos a entender que ganharão a confiança do público e terão acesso a investidores ESG e outros que procuram um sinal de que é nisso que eles devem investir”, disse Ries em entrevista.

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As companhias da nova bolsa aceitam cumprir padrões de listagem, incluindo a obrigação de publicar informações sobre seu planejamento estratégico e alinhar a remuneração dos executivos e conselheiros ao desempenho. Executivos da Twilio e Asana, que também estão listadas na Bolsa de Nova York, estão entre os primeiros investidores da LTSE, disse Ries.

“A criação de valor de longo prazo para todos os nossos públicos de interesse faz parte do DNA da Twilio desde o primeiro dia”, afirmou o CEO e cofundador Jeff Lawson, em comunicado. “A listagem dupla na LTSE é extensão natural desse compromisso.”

A LTSE é a 14ª bolsa de valores nacional dos EUA. A maioria pertence à Intercontinental, que controla Bolsa de Nova York (NYSE), Nasdaq e Cboe Global Markets.

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